quinta-feira, 8 de setembro de 2011

:: Um novo amor::



Um novo amor
Às vezes perdemos tempo com coisas banais, preocupando-nos com a chuva em vez de comemorar o sol, com o frio em vez de saudar o calor que nos renova.

Às vezes deixamos de sentir a alegria da própria vida, para nos torturar com tristezas das momentâneas impossibilidades. Às vezes acabamos dando valor ao que ainda não temos, em vez de nos comemorar o que já conquistamos, e, nessa busca desenfreada de novas conquistas, não cultivamos com o devido carinho aquilo que temos e acabamos perdendo o que já tínhamos. É importante que saibamos valorizar cada momento existencial. É importante que saibamos regar um novo amor com atenção, oferecendo-lhe o brilho das estrelas, o azul do céu, a calmaria dos lagos, o perfume das flores, a música mais romântica, a noite mais linda que houver, as mais puras das emoções. É importante que saibamos dedicar-lhe o nosso beijo mais assanhado, o nosso abraço mais impulsivo, a nossa arte de amar na melhor das interpretações, fazendo dos lençóis um palco de uma peça de várias e emocionantes reprises. Um novo amor é como desfolhar fantasias embrulhadas num sonho guardado em gaveta secreta da alma. Um novo amor é como um dia que nasce policrômico depois de uma noite de tempestade. Um novo amor é como esperança a surgir no horizonte. Um novo amor é como oásis no deserto, como fonte que mitiga a sede, como janela que se abre na escuridão. Um novo amor se traduz de várias formas e o meu se traduziu em você.

Antônio Luiz Girassol